Antes de falecer, Cid Moreira faz último pedido sobre enterro, e esposa pede ajuda

Na manhã desta quinta-feira, 3 de outubro, o renomado jornalista Cid Moreira faleceu no Rio de Janeiro, aos 97 anos. Sua esposa, Fátima Sampaio, compartilhou detalhes sobre os últimos desejos de Cid, que envolvem seus rituais após a morte.
Durante sua participação no programa “Encontro”, apresentado por Patrícia Poeta na TV Globo, Fátima revelou que Cid havia expressado seu desejo de ser sepultado em Taubaté, cidade que tinha um significado especial para ele. Lá, ele desejava estar próximo de sua primeira esposa, de sua filha falecida e de seu neto. Fátima ainda destacou que Cid desejava ser enterrado perto de sua primeira família, evidenciando a importância das relações que ele construiu ao longo da vida.
A despedida de Cid Moreira será marcada não apenas pelo sepultamento em Taubaté, mas também por uma cerimônia de homenagem em Petrópolis, onde o casal residia. Emocionada, Fátima compartilhou que está passando por um momento de fragilidade emocional, sentindo-se “grogue” com a perda do marido. Ela desabafou sobre a necessidade de apoio para organizar esse último adeus ao querido jornalista, refletindo o peso da dor que está enfrentando.
Com a morte de Cid, diversas histórias de sua vida começaram a ser relembradas, incluindo a dolorosa perda de sua filha, Jacira, que faleceu em 2020 devido a complicações relacionadas ao enfisema pulmonar, uma condição frequentemente ligada ao tabagismo. Essa tragédia deixou uma marca profunda na vida do jornalista, que frequentemente mencionava o impacto emocional da perda.
Em uma entrevista no “Encontro” no ano anterior à sua morte, Cid Moreira havia falado sobre sua filha com grande tristeza, refletindo sobre as potencialidades que Jacira poderia ter alcançado se não tivesse enfrentado os problemas com drogas. Ele revelou que, ao longo dos anos, se esforçou para ajudá-la em sua batalha contra o vício, mas, infelizmente, suas tentativas não foram bem-sucedidas.
Cid Moreira, que se tornou uma figura icônica no jornalismo brasileiro, sempre manteve uma forte conexão emocional com sua família. Sua trajetória profissional foi marcada por momentos de grande destaque, mas também por desafios pessoais que moldaram sua visão de mundo e sua sensibilidade em relação à vida e às relações humanas.
O legado de Cid Moreira vai além de suas contribuições como jornalista; ele é lembrado por sua capacidade de tocar as vidas das pessoas através de suas palavras e sua presença na tela. A maneira como ele abordou temas delicados, como a perda e o sofrimento, é um testemunho de sua empatia e humanidade.
A repercussão de sua morte gerou uma onda de tributos nas redes sociais, com colegas de profissão e admiradores expressando suas condolências e lembrando de momentos marcantes de sua carreira. Muitos ressaltaram não apenas sua habilidade como comunicador, mas também sua integridade e sua paixão pelo jornalismo.
A cerimônia de despedida em Petrópolis, assim como o sepultamento em Taubaté, promete ser uma ocasião repleta de homenagens e recordações. Fátima, mesmo em um momento tão difícil, busca honrar a memória do marido e celebrar a vida que ele construiu, cercado de amor e dedicação à sua família e à sua profissão.
Em um contexto onde a figura de Cid Moreira se tornou um símbolo de credibilidade e respeito no jornalismo, sua partida deixa um vazio que será difícil de preencher. A história de sua vida, marcada por sucessos e tragédias, será lembrada por muitos, não apenas como um jornalista, mas como um ser humano que enfrentou as adversidades com coragem e dignidade.
Neste momento de luto, é essencial refletir sobre a importância de apoiar aqueles que enfrentam perdas semelhantes. A luta de Cid para ajudar sua filha e a dor que ele experimentou ao longo do tempo são lembretes de que, mesmo as figuras mais fortes, como ele, também passam por momentos de fragilidade e necessidade de apoio.
A memória de Cid Moreira viverá nas lembranças de todos que tiveram a sorte de acompanhá-lo durante sua trajetória. Sua vida e seu trabalho continuarão a inspirar novas gerações de jornalistas e comunicadores, servindo como um exemplo do poder das palavras e da necessidade de abordar a vida com empatia e sensibilidade. Assim, a história de Cid não termina com sua morte, mas continua a ressoar através das lições que ele deixou.